IFICT/SANTIAGO ALQUIMISTA
19 de Dezembro 2013
«Banalidades» na Sala Hamlet
“AS REVOLUÇÕES ÁRABES”
por
JOSÉ CARLOS DA SILVA PEREIRA
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O aliciante "cartaz do dia"
Preparativos da "mesa d'iguarias"
Adolfo Gutkin apresenta José Carlos da Silva Pereira, o orador da noite
Gutkin lembra que em anterior conferência, há cerca de três anos, o orador falou também sobre o mundo árabe (Integrismo Islâmico - 20 de Janeiro 2011) antecedendo as revoluções árabes desencadeadas nessa altura
A sala Hamlet sob "efeitos especiais"
Desde que se iniciou o processo da "primavera árabe"
o mundo tornou-se mais "ilegível"
Ficou a esperança de que, tal como a outra antecedeu o processo das revoluções, esta conferência venha a ser o prenúncio de um período de paz no mundo árabe...
Tem sido destacado pela comunicação social o papel das novas tecnologias e redes sociais nas revoluções árabes mas, para José Carlos Silva Pereira, o fundamental foi a chegada ao poder do "Islão político"
A actual situação no mundo árabe deve ser analisada não como uma fotografia mas como cena de um filme que faz parte de um processo
Nesse processo podem salientar-se quatro passos fundamentais: a expedição de Napoleão ao Egipto (1798); o renascimento árabe; o ressurgimento islâmico; as revoluções árabes.
A armada de Napoleão era acompanhada de dezenas de eruditos que originaram uma verdadeira perturbação civilizacional naquele país, decisiva na sua evolução social e política assumindo novos conceitos, como o de Estado/Nação e abrindo-lhe as portas da Europa.
Em meados do séc. XIX inicia-se nova fase com o "Renascimento árabe", altura em que nascem os "Irmãos Muçulmanos" que nunca se consideraram partido político mas uma associação para apoio dos desfavorecidos
Com a criação do Estado de Israel, em 1948, termina o denominado Renascimento árabe.
Surge mais tarde, nos anos 60/70, o Ressurgimento islâmico, que pode corresponder à Reforma protestante no mundo católico e que advoga o retorno a uma forma mais pura e exigente da religião, ao uso das vestes islâmicas e à procura da identidade islâmica em contraponto à civilização ocidental
As revoluções árabes surgem como a resposta popular aos regimes de ditadura em diversos países.
Trata-se de uma imensa manifestação de "hogra", termo que exprime
a impotência do indivíduo perante a agressão do Estado
Tunísia, Líbia, Egipto e Iémene foram palco de revoluções; até agora só no Egipto se redigiu nova Constituição mas a situação está longe de poder ser considerada estabilizada
Que evolução se pode esperar? Dificilmente se pode definir uma via de evolução face aos diversos tipos de clivagem nestas sociedades: sunitas/xiitas; Identidade política/islamismo; urbana/rural
A força destas contradições não deixa prever um futuro muito pacífico...
Ao contrário dos asiáticos que procuram afirmar-se pela economia,
os árabes tentam afirmar-se pela religião
Mas, tal como a evolução económica não pode ser sempre a dois dígitos,
também a evolução religiosa terá de "abrandar" no futuro.
Curioso o novo conceito misto de democracia e ditadura, a "democratura"...
Seguiu-se o habitual debate
***
Seguiu-se
momento artístico com
" TEATROVA" – Paula Freitas & Carlos Gutkin
Paula Freitas acompanhada à guitarra clássica por Carlos Gutkin (TEATROVA)
disse poemas tradicionais árabes
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Por fim, o habitual convívio
à volta da mesa d’iguarias
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