segunda-feira, 26 de novembro de 2012

2012 Nov. 22 - Os Lusitanos

Conferência na Tertúlia das Banalidades
 
"Os Lusitanos: Mito e conflitos"
 
por
 
José Pacheco
 
e
 
homenagem a
 
Manuel António Pina
 
pelo
 
Grupo de Teatro do IFICT
 
 
 
 


Adolfo Gutkin apresenta José Pacheco... 

...e, lembrando as anteriores intervenções de José Pacheco,
considera "Os Lusitanos" como a ponte perfeita
entre as águas e o prepúcio
 
 "Nada" se sabendo em rigor sobre os lusitanos, as primeiras referências
remontam ao sec II AC localizando-os numa extensa faixa entre os rios
Tejo e Douro avançando pela actual extremadura espanhola.
Durante séculos foi ignorada a sua influência na geneologia dos portugueses surgindo apenas no renascimento alusões a esse "conceito"
com Garcia de Resende e Camões com "Os Lusíadas"
 
 
 Pouco "prestigiados" na cultura do sec XIX (tanto Alexandre Herculano
como Oliveira Martins desvalorizam a sua influência nas nossas raizes)
acabam por emergir no nosso imaginário arrastados pela criação
do chamado "cavalo lusitano" declarado como "raça oficial".


Das poucas referências que existem sobre características dos lusitanos, conhecem-se relatos de romanos que se lhes referiam como um povo de "bárbaros, ingénuos e comedores de bolota..."
(haverá razão para dúvidas sobre a ligação aos portugueses...?)
  
 
A cereja no topo do bolo é terem sido considerados
como dando excelentes escravos...!
Curioso é que já os romanos procuravam na "Lusitânia"
produtos de grande valor tanto no subsolo (metais valiosos)
como o  que hoje chamaríamos de
produtos gourmet (peixe salgado, pistachos...)
 
 
Da bibliografia citada por José Pacheco destacam-se
"Os Lusitanos no tempo de Viriato" de João Luís Inês Vaz
e o "Livro das grandezas de Lisboa" de frei Nicolau de Oliveira. 

***
Em resumo, os "Lusitanos" podem considerar-se
uma boa invenção do renascimento. Mito ou realidade, o português trivial gosta de se ver retratado nesses guerreiros destemidos e rijos, habitando as serranias e pondo a cabeça em água ao invasor que, romano ou saxão, nunca compreende as fantásticas idiossincrasias deste povo...

Segundo a lenda,Viriato, o seu grande leader,
terá casado com uma rica herdeira alentejana.
Que português de gema desdenharia tal reforma...?

Tal como em relação aos gauleses, não é difícil imaginar
o desespero dos romanos a gritar
 
"...estes lusitanos são loucos!"
 
***

Homenagem a
 
Manuel António Pina
 
por
 
Olga Gamito & José Gil
 
do
 
Grupo de Teatro do IFICT
 
 

 
Seguiu-se uma sentida homenagem a Manuel António Pina,
 assinalando o seu recente desaparecimento.
Olga Gamito e José Gil
 leram algumas das suas mais belas poesias
 


 
...e, finalmente, o fabuloso
 
 buffet d'iguarias
 
da
 
 tertúlia das Banalidades







 
Com o espírito e o estômago reconfortados,
os tertulianos dispersam e preparam-se para nova conferência,
 
13 de Dezembro
de
 
João Ferreira do Amaral
 
sobre
 
"O futuro da UE"
 
 
 
 


quarta-feira, 14 de novembro de 2012

2012 Nov. 8 Ópera II

 
"ÓPERA II 
HOJE SÓ CANTAM ELES"
 
conferência de
 
José Pires Reis
 
Depois de há cerca de um ano nos ter mostrado como a ópera é a arte do excesso numa abordagem às fantásticas vozes femininas,
José Pires Reis deu-nos agora a perspectiva do canto masculino em mais uma magnífica sessão das "Banalidades"
 
 
 Frei Tiago convida e lá ao fundo
espreita a música de Wagner
 Magnífica peerspectiva da sala Hamlet
bem animada
 Preparativos à volta da mesa d'iguarias
 Pensadora
 Tudo a postos para a sessão
 José Pires Reis
reincide à volta da Ópera

 Ao contrário da "arte de governar" que produz monstros (Saint-Just),
a ópera é a arte total, espectáculo completo
capaz até de efeitos terapêuticos
 A extraordinária Callas cuja voz lhe permitia
fazer três oitavas
(a única a consegui-lo)
Na sua reentrada após o período"Onassis"
Callas em 64 teve memorável interpretação na Tosca
Scarpia "assassinado"
Momentos de maior liberdade sensual
Classificação das vozes


O confronto das vozes masculinas e femininas
Contra-tenores os modernos "castrati"
 (sem o serem...)
Bem, alguns parecem...
Mesmo quem não seja um seguidor atento de ópera
apercebe a superior capacidade de Pires Reis a falar do tema 

Até nas vozes há diferenças marcantes

O grande Pavaroti
Os bons, os maus e o excepcional conhecedor
Não era o Scala de Milano, mas não desmerecia...

Efeitos especiais...
Ambiente acolhedor na sala Hamlet



 Um dos heróis da ópera dos nossos dias
 
Exemplo superior de alguém
que vive a ópera com intensidade e prazer


Após tratar da alma,
o convívio à volta da "mesa d'iguarias"
Uuuhhhmmmm...
A tertúlia das banalidades
alimenta o espírito e a boca...



 
E pronto, esperamos pela próxima "Banalidade"
 
já a 22 de Novembro
 
“LUSITANOS:
MITO  E  CONFLITOS” 
 
por 
 
José  Pacheco