domingo, 6 de julho de 2014

2014, Julho, 10 - A génese de Paris

IFICT/SANTIAGO ALQUIMISTA


10  de  Julho - Sala  Hamlet

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Prosseguiu o impensável

ciclo de  Banalidades
  
com

”A  GÉNESE  DE  PARIS” 





(imagens recolhidas no Google)



Uma conferência de 

João  Rabaça














Antes da conferência, oportunidade para apreciar
a fantástica panorãmica sobre o Tejo


Os "Polibã" afinam a garganta e a viola...


José Gil apresenta João Rabaça, o orador da noite,arquitecto, especialista em planeamento regional e urbano; director de projecto municipal da Câmara de V. F. de Xira tendo sido, também, assistente na E. S. de Belas Artes e na U. Nova de Lisboa.  








A formação das cidades europeias mais antigas 
foi influenciada por  civilizações anteriores como os etruscos




Tudo se iniciava pela definição do ponto central, o "groma", a partir do qual se desenvolvia a malha urbana, orientada pelo eixo "nascente/poente" que determinava os "decomanus" e pelo eixo "norte/sul" origem dos "cardos".


A definição do "groma" obedecia a 
critérios de natureza científica e religiosa.
O conselho de "presságios" definia o dia em que tudo se iniciava.





Definida a área de implantação da nova cidade, 
procedia-se à abertura de um fosso que a circundava 
apenas interrompido nas quatro "portas de entrada" 
definidas pelos dois eixos perpendiculares.
A abertura do fosso, por charruas conduzidas por sacerdotes, 
libertava os deuses das profundezas 
que defendiam a nova cidade de invasores indesejados.
Quem entrasse furtivamente na cidade através do fosso, arrastaria esses demónios pelo que teria de ser eliminado.
Esta convicção estará na origem da lenda 
da execução de Remo pelo irmão Rómulo...
















Segundo os historiadores e arqueólogos da cidade de Paris terá sido no local situado na actual  Rue de Saint Jacques, junto aos edifícios n.º 172/174, onde se localizou o “Ponto Zero”, a partir do qual os romanos fundaram a cidade de LUTETIA (Lutécia) que esteve na origem da cidade de Paris.


Há cerca de 2.000 anos, as tropas romanas dominavam os povos que habitavam aquela região, em particular os PARISII, que ocupavam um “oppidum” numa das ilhas do rio Sequana (Sena).
Pensa-se que se tratava da actual "ille de la cité"





No quadro da romanização dos povos da Gália, entre anos 38 a.C. e 4 d.C., no governo do imperador Augusto, é fundada na colina de S. Genoveva (actual “Quartier Latin”), na margem esquerda do rio, a cidade romana de Lutetia


















A partir da rue Saint Jacques (Cardo maximus), 
traçaram-se os eixos paralelos (cardos) 
alguns dos quais hoje ainda se mantêm: 
a poente, o boulevard de Saint Michel e a rue Victor Cousin 
e a nascente a rue Valette.

Presentemente já não existe o Decumanos maximus, contudo a sul do Ponto Zero persiste o alinhamento da rue Pierre et Marie Curie e a norte a rue des Ecoles e o boulevard de Saint Germain, que lhe são paralelas, sendo o que resta dos eixos então definidos como decumanos.


Enquadramento dos principais equipamentos da cidade romana: 
o fórum, o teatro e as termas. 



As termas de Cluny (Thermes du Nord), 
construídas na base da encosta junto à margem do rio











Perspectiva da maquete de Lutetia no período do alto-Império (II e III séc.), salientando-se a concentração das edificações na colina de S. Genoveva, na margem esquerda do rio Sequana (Sena). Neste caso, não é registada qualquer delimitação (pomerium) da zona urbana




Em Lutetia, o aqueduto, construído no séc. II, fazia o abastecimento de água à cidade a partir de uma nascente situada a cerca de 20 km a sul






Ilha da “cité”, tornada o centro da cidade, no séc. IV, com a muralha galo-romana que protege os edifícios construídos com os blocos de pedra reutilizados dos edifícios públicos abandonados da margem esquerda

(Fonte: in n.º 111 “Cahiers Science & Vie – Les Racines du Monde”– Paris raconte Lutèce, 
citada na apresentação do autor)












No final houve oportunidade para debate















Seguiu-se o momento musical 

com a actuação dos fabulosos

 “POLIBÔ  -  Naná & Miguel 




Após a interessante conferência, actuaram os "Polibã - Naná & Miguel" 
que nos deliciaram com os seus famosos "clássicos de chuveiro", 
desta vez com intenso apelo parisiense










Um pouco de Jorge palma, quando andava por Paris,  pelos "Polibã"








Em Paris é obrigatório ouvir "La boéhme"...











"Je ne regrette rien" de Edith Piaf:  http://youtu.be/ex3Kmi3Snug










"Ne me quitte pas", de Jacques Brel: http://youtu.be/2HzRFImDxuc







***

A finalizar o  indispensável 

convívio  à  volta  da  já  célebre 

mesa  d’ iguarias









Esteve presente o verdadeiro espírito de tertúlia


O "feitiço da lua" na fantástica vista da colina do castelo


Já na esplanada da cerca moura, 
preparam-se novas incursões gastronómico/culturais

***

Venha no dia 24 

& PARTICIPE:

"O metro de Saldanha"

conferência de 

ANTÓNIO SALGADO

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