2014, Mai. 15 - António Alvarenga

SANTIAGO ALQUIMISTA / IFICT

15  de  Maio  - Sala Hamlet  

Uma impensável conferência do ciclo de  "Banalidades"  

” ‘VIZINHANÇA’  CINCO:  DECISÃO  E  CRIATIVIDADE  EM  CONTEXTO  DE  INCERTEZA” 

Ou, mais propriamente,

VIZINHANÇA: CRIATIVIDADE

por  

ANTÓNIO ALVARENGA

 VIZINHANÇA: CRIATIVIDADE.

(na verdade, o título não era este...)

Tendo por referência (longínqua) um guião em 33 pontos, o orador surpreendeu a assistência com uma apresentação caótica/inovadora dirigida à sensibilidade criadora de cada um dos presentes.
Discutiram-se conceitos habitualmente tidos por indiscutíveis, pondo-se em causa a validade ou a pacífica aceitação de muitos deles.
Como eventual programa de governo, caso algum dia fosse eleito, apresentou três pontos básicos: Impediria que algum ministro tomasse quaisquer medidas nos primeiros três meses; 

Decretaria a importância do "adiar"; 

Restabeleceria e reforçaria a dignidade da carreira do magistério primário. 

Como se vê, um programa complexo e ambicioso 

mas refrescante.
Gutkin aproveitou para lançar as bases de um novo movimento, o "je m'enfoutismo" que poderá contribuir decisivamente para reencontrar caminhos de desenvolvimento no período pós troika.

Seguiu-se a intervenção de dois artistas do 
"TEATRO DO CASTELO" 

PAULA FREITAS disse um poema lindíssimo de 
Gabriel Garcia Marquez 

JOSÉ GIL leu um delicioso conto 
do criador espontâneo/popular, 
João Pedro Ruivo

Por fim, conviveu-se à volta da fabulosa 

"mesa d'iguarias"

***

Entrada do IFICT/Santiago Alquimista 

com adereços para uma festa que ali 

decorria

Cartaz do dia

A magnífica sala Hamlet em autêntica sinfonia colorida 

Momentos que antecedem a conferência

Título (inicial) da conferência que António Alvarenga 
se dispunha a desenvolver

Gutkin, velho amigo e mestre, apresenta A. Alvarenga 
destacando-lhe a veia teatral, a que verdadeiramente lhe apraz referir...

O orador apresenta-se com uma autêntica "anti-apresentação", sem curriculum e recorrendo aos factos da sua vida real que considera verdadeiramente importantes na definição da sua pessoa

Prefere actuar não cumprindo um plano; 

na verdade, para não se cumprir um plano ele tem de pré-existir...

Tudo o que se prepara, torna-se fácil; o desconhecido, ou imprevisto,

 obriga a maior entrega e concentração

Por esta altura, a assistência já se remexia nas cadeiras...

O guião, não sendo o da reforma do Estado, contém 33 pontos 

que logo se conclui não irem ser seguidos...

Contudo, é um número impressionante...

O orador é um homem de números e cita o exemplo do frango mais vendido do mundo, que publicita entrarem 11 especiarias na sua receita! 

Onze...? Porquê? 

É um número específico que dá mais credibilidade à afirmação 

do que se fosse um número "redondo"...

Os famosos "estudos" concluem que o número 
geralmente preferido pelas pessoas é o sete

A. Alvarenga define-se (também) como um caçador/colector de livros, 

mesmo que abandonados na rua; 

desta vez encontrou um velho dicionário de "Francez/Portuguez" 

Portugal é um país desconfiado. 

Espera-se sempre o pior, nem sempre com razão...

Se algum dia desempenhasse funções de governante, decretaria:

Nenhum ministro poderia tomar decisões antes de três meses;

Privilegiaria a opção de "adiar";

Pagaria melhor aos professores primários.

O grande olho espreita...

No seu entender, a função do verdadeiro leader é tornar-se inútil; 

os leaderes devem ser pessoas normais, ainda que competentes...

O futuro irá surpreender-nos; 

raramente se desenvolve no sentido que julgamos que irá seguir. 

Exemplo: nem nos mais delirantes livros de ficção científica 

se antecipou a "internet"...

Depois de tantas "provocações", o debate foi animado...

Assistência atenta

Ninguém ficou indiferente!

***

Seguiu-se o momento cultural

‘Contos  de João  Pedro  Ruivo’ 

leitura de 

JOSÉ GIL

  

e poema  de 

GABRIEL GARCIA MARQUEZ  

dito  por 

PAULA FREITAS 

***

A finalizar,   o  fantástico convívio  à  volta  da  espantosa  mesa d’iguarias.

VENHA E PARTICIPE!