No IFICT/SANTIAGO ALQUIMISTA
BANALIDADES, na sala Hamlet
17 de Abril
“HOMENAGEM A
SALGUEIRO MAIA”
por
CARLOS A. MAIA DE LOUREIRO
Carlos A. Maia de Loureiro recebido com amizade no Santiago Alquimista pelo seu antigo companheiro de faculdade, António José Albuquerque, e pelo anfitrião Adolfo Gutkin
As nossas "chefs" preparam a fabulosa mesa d'iguarias para o repasto final...
O símbolo que não se apaga!
Imagem marcante de Salgueiro Maia projectando
a determinação que foi essencial naquela madrugada
Ambiente de tertúlia...
O Sol também quis participar na homenagem
Cartazes antigos e novos enquadram os oradores quando Gutkin lembrou, emocionado, aqueles dias atribulados em que também ele pôde regressar...
António J. Albuquerque recordou, com o humor que lhe conhecemos, o dia em que viu o antigo colega de faculdade na TV da sala do cadete, em Mafra, ao lado de Salgueiro Maia, heróis sem sono...
Carlos A. Maia de Loureiro falou emocionado do companheiro
que marcou a sua vida para sempre
As diferentes patentes naquele dia não lhe permitiam grandes familiaridades mas ficou marcado pela experiência que viveu naquela madrugada
A EPC de Santarém de onde saiu a coluna militar comandada
por Salgueiro Maia para a operação "fim de regime"...
O itinerário da coluna cuja viagem, desde Santarém,
foi atribulada e recheada de peripécias bem portuguesas...
"Croquis" do Terreiro do Paço, o objectivo
A presença da fragata "Gago Coutinho" no meio do Tejo
não chegou para "dissuadir" as operações em curso...
(Veja o que, de facto, se passou na fragata "Gago Coutinho" cujos oficiais se recusaram seguir ordens do comandante para abrir fogo, no blogue:
Um ministro à espreita...
O famoso "buraco" por onde saíram alguns ministros no Terreiro do Paço
Aparato militar na Baixa
Momento crucial, confronto entre forças de Cavalaria...
Maia de Loureiro, após a rendição de Pato Anselmo
Salgueiro Maia e Maia de Loureiro (à esquerda)
no Terreiro do Paço em plena acção
Momento em que Salgueiro Maia tem a certeza da vitória após a recusa do "cabo Costa" em disparar. Durante a negociação, S. Maia levava uma granada defensiva no bolso (...para o caso "daquilo" dar para o torto)...
O itinerário para o Carmo
Quem disse que os portugueses não reagem...?
Na esquina do Hotel Borges onde a tripulação
do carro de combate colheu apoio logístico naquelas horas
Haverá melhor ilustração para a "aliança Povo/MFA"...?
Na negociação frente ao quartel do Carmo, tentando evitar danos maiores
A chegada do General Spínola para a rendição de Marcelo Caetano
F. Sousa Tavares fala à multidão
Em cima da chaimite "Bula", Salgueiro Maia e Maia de Loureiro
em manobras para recolher Marcelo Caetano
Tudo terminado, com o povo que"saiu à rua"...
que levou Salgueiro Maia a afirmar que
...estava 100% seguro, mas com aquela adesão popular ficava 1.000%...!
Salgueiro Maia numa das suas últimas imagens,
transparecendo a serenidade e determinação de sempre.
Natural de Castelo de Vide, filho e neto de ferroviários,
nasceu a 1 de Maio de 1944 e faleceu em 3 de Abril de 1992.
Símbolo de coragem e dignidade, considerava-se um dos "implicados" no 25 de Abril e demonstrou sempre mais "ambição de ser do que a ânsia de ter".
Nas palavras de Sophia de Mello Breyner,
"...na hora da vitória respeitou os vencidos e não mostrou ganância."
"Recolhido" em Santarém, foi apresentado a Cavaco por Fernando Nogueira, como ...o capitão que prendeu o Primeiro Ministro...
ao que Salgueiro Maia retorquiu
...prendi esse e prendo outro se for preciso!
(Era...)
Carlos Alberto Maia de Loureiro, Coronel, depois de nos dar, emocionado, o testemunho de uma "madrugada que todos esperávamos..." (Sophia)
Luiz Gamito um dos colegas de faculdade de Maia de Loureiro
que o viu passar, surpreendido, em cima de um carro de combate no Rossio..
***
Seguiu-se o momento cultural.
José Gil
leu
"Cantiga de Abril"
de
JORGE DE SENA
Às Forças Armadas e ao povo de Portugal
«Não hei-de morrer sem saber qual a cor da liberdade»
Qual a cor da liberdade?
É verde, verde e vermelha.
Quase, quase cinquenta anos
reinaram neste pais,
e conta de tantos danos,
de tantos crimes e enganos,
chegava até à raiz.
Qual a cor da liberdade?
É verde, verde e vermelha.
Tantos morreram sem ver
o dia do despertar!
Tantos sem poder saber
com que letras escrever,
com que palavras gritar!
Qual a cor da liberdade?
É verde, verde e vermelha.
Essa paz de cemitério
toda prisão ou censura,
e o poder feito galdério.
sem limite e sem cautério,
todo embófia e sinecura.
Qual a cor da liberdade?
É verde, verde e vermelha.
Esses ricos sem vergonha,
esses pobres sem futuro,
essa emigração medonha,
e a tristeza uma peçonha
envenenando o ar puro.
Qual a cor da liberdade?
É verde. verde e vermelha.
Essas guerras de além-mar
gastando as armas e a gente,
esse morrer e matar
sem sinal de se acabar
por politica demente.
Qual a cor da liberdade?
É verde, verde e vermelha.
Esse perder-se no mundo
o nome de Portugal,
essa amargura sem fundo,
só miséria sem segundo,
só desespero fatal.
Qual a cor da liberdade?
É verde, verde e vermelha.
Quase, quase cinquenta anos
durou esta eternidade,
numa sombra de gusanos
e em negócios de ciganos,
entre mentira e maldade.
Qual a cor da liberdade?
E verde, verde e vermelha.
Saem tanques para a rua,
sai o povo logo atrás:
estala enfim altiva e nua,
com força que não recua,
a verdade mais veraz.
Qual a cor da liberdade?
É verde, verde e vermelha.
26-28(?)/4/1974
...e a actuação
dos
«POLIBû Naná & Miguel
Ninguém melhor que Naná & Miguel para recordar as músicas daqueles dias, de intervenção, mesmo...!
O que faz falta...
...Grândola, vila morena, terra da fraternidade...
...E depois do Adeus...
***
... e, ainda, os artistas circenses
"Carlos e Catarina"
(Chapitô)
***
A finalizar, o saudável convívio à volta
"Carlos e Catarina"
(Chapitô)
A finalizar, o saudável convívio à volta
da mesa d’ iguarias
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Nas próximas "Banalidades"
VENHA, TRAGA UM PETISCO,
PARTICIPE E FESTEJE!