quarta-feira, 23 de outubro de 2013

2013 Out. 24 - Carbonária

5ª feira,  24  de  Outubro

«Banalidades»  

no Santiago Alquimista (Sala  Hamlet)


“A  CARBONÁRIA  PORTUGUESA”




Conferência de



 FIRMINO MENDES



Em plena ambiente já a "cheirar" a fim de ciclo, 
o cartaz do dia trazia-nos a visão histórica
sobre uma sociedade que contribuiu para 
uma mudança de página na nossa história



O habitual  frenesim dos preparativos de mais uma "Banalidade"



A famosa mesa d'íguarias







Adolfo Gutkin, anfitrião, dá inicio a mais uma sessão 
do impensável ciclo de Banalidades dos Idos de Março




Coube a Teresa P. Fernandes a apresentação de 
Firmino Mendes, o orador da noite. 


Nasceu em Ronfe, Guimarães, em 1949. Foi professor de Teoria da Comunicação e de Estética na ESAP, Escola Superior Artística do Porto. Para além de poemas em diversas revistas, tem publicados em livro Ilha sobre Ilha (1993; Prémio de Revelação de Poesia da A.P.E., 1991), Fronteira Animal (1993),Invocação e Ofícios (1995) e Um Segredo Guarda o Mundo (1998).
(Publicado por SOCIEDADE DA LÍNGUA PORTUGUESA)


Segundo o próprio, tem como grandes áreas de interesse a Estética, as Línguas, a História.

Dedicado à investigação histórica, 
tem uma pós graduação em História de Lisboa 


Como autores e textos fundamentais sobre a Carbonária Portuguesa, referiu Artur Duarte Luz de Almeida, a "História das Sociedades Secretas", "Episódios da minha vida" (Sebastião Magalhães Lima), "Um escritor confessa-se" (Aquilino Ribeiro), "A Carbonária em Portugal" (António Ventura), "O meu depoimento" (António Maria da Silva) "Relatório da Revolução" (Machado dos Santos), entre outros 



Como curiosidade, referiu o facto de estarmos num prédio muito perto do quartel dos Loios, da antiga Guarda Municipal, junto ao qual Aquilino e Alfredo Luís da Costa alugaram um quarto a fim de controlarem e atrapalharem a saída das tropas defensoras do regime monárquico





A bandeira da Carbonária Portuguesa com a posição das cores nacionais trocadas, além da simbologia própria em redor da esfera armilar de que se destaca a estrela de cinco pontas, número de grande significado no contexto carbonário. Na organização das células carbonárias (vedeta, choça, etc.) cinco canteiros formavam uma barraca


Imagem bem característica do "imaginário" e simbologia da época



O universo carbonário fundava-se no ambiente "florestal". 
A própria organização era muitas vezes nomeada como a "Floresta"



A estrutura da célula carbonária mais simples.
 Para começar as reuniões, o presidente perguntava 
ao "guarda vigilante" se não andavam "lobos na floresta" 



Comparação dos "ambientes" maçónico  e carbonário





Firmino Mendes trouxe-nos numerosos elementos da organização carbonária 



Credencial de Cândido dos Reis, mais conhecido como "Almirante Reis"







A propósito das origens italianas da carbonária, destacou Garibaldi 
o grande vulto da unificação daquele país.



O triângulo invertido, um dos símbolos carbonários  mais característicos



Transparece o ambiente "conspirativo" da cena de um encontro de dois carbonários






















A magnífica sala Hamlet, cenário óptimo 
para uma conferência "conspirativa" sobre a carbonária...







As ligações da Carbonária com a Maçonaria...













Exemplar genuino da "Cartilha do Cidadão"





Refer~encia à luta contra os "paivantes" os seguidores de Paiva Couceiro 
na sua luta contra a República





Qualquer semelhança com a "cena" num Chaimite, é pura coincidência..








  
Já no debate final, colocou-se  a questão da indefinição do ideário da República para lá do objectivo imediato da sua implantação



Para memória futura...


"Bom primo" Firmino Mendes conclui a missão de trazer até nós o ambiente carbonário que parece ter despertado adeptos...



***


Momento artístico

«Infiltrações  líricas  de  carvão “KaKa” 
 no  Portugal  hodierno»  

de 

ADOLFO GUTKIN 

interpretação de



JOSÉ GIL (Teatro do Castelo)



Terminada a esclarecedora conferência sobre a Carbonária Portuguesa, segiu-se o habitual momento artístico com a leitura de um texto de Adolfo Gutkin com variações sobre os "cheiros" que a actual conjuntura emana...



José Gil, do Teatro do Castelo, emprestou o seu talentoso humor, 
a uma recolha de notícias "amaldiçoadas" sobre a actualidade política 
a lembrar os princípios do século passado...



Tanta "crise" acaba por cheirar mal





Gutkin parece sucumbir ao mau cheiro...















Nada como as devidas amostras para certificar a substância em causa

***


Por fim, o  habitual  convívio  à  volta  da  mesa  recheada  d’iguarias










Que cheiro...???!!!





A chuva sobre Lisboa deixa as suas marcas no "Santiago Alquimista"













Paulinha influenciada pelo imaginário carbonário 
enfrenta um perigoso activista com arma branca



E termina a sessão carbonária em ambiente conspirativo








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